Muito
comum as pessoas procurarem por um Psicólogo com a falsa crença de que este
trará respostas prontas para resolver seus conflitos, ou então, que lhe dará
orientações em como agir e quais decisões tomar em determinadas situações. Este
tipo de pensamento é influenciado pelo modelo médico, em que o paciente traz os
sintomas que vêm sentindo e o profissional lhe traz a solução através de uma
prescrição de tratamento ou medicamento que resolva a situação (Aliás, até
mesmo em tratamentos médicos, muitas vezes não se resolve de forma tão simples
assim), entretanto, quando falamos das questões psíquicas e emocionais do
íntimo de cada sujeito a solução não é algo tão simples e rápido como para se
tratar das questões puramente orgânicas e fisiológicas do corpo.
De
forma geral, a Psicoterapia consiste em um processo no qual um sujeito irá a um
Psicólogo para tratar de suas questões psicológicas e emocionais. Neste
processo o Psicólogo utilizará certo manejo e intervenções para que o paciente
consiga compreender melhor diversos fatores, dentre eles: Qual sua dinâmica de
funcionamento psíquico; Quais são as possíveis origens de seus conflitos
(internos e externos), Reconhecer e compreender melhor suas emoções, entre
outros. Tudo isto com a finalidade de levá-lo a elaborar tais questões e assim
poder lidar melhor com as diversas situações decorrentes da vida. Diante desse
fato, podemos levantar a seguinte questão: Qual a importância da assiduidade na
frequência das sessões num processo de Psicoterapia?
É que para que este processo ocorra
com efetividade é necessário que exista o real desejo do sujeito de se envolver
na Psicoterapia e que, sendo assim, haja uma frequência contínua e com
regularidade às sessões, que na maioria dos casos pode ocorrer de uma a duas
vezes por semana, ou, dependendo de cada caso e de cada profissional, poderá
ocorrer com um espaço maior de tempo entre as sessões, mas mantendo-se uma
regularidade constante de acordo com o que foi acordado previamente com o
Psicólogo.
O que acaba acontecendo com certa
frequência nos consultórios psicológicos são situações de abandono do
tratamento por parte do paciente ou, casos em que os pacientes não conseguem frequentar
as sessões com regularidade da maneira como fora combinado com o Psicólogo,
ocorrendo faltas recorrentes. Um fator comum que costuma levar os pacientes a
faltar ou abandonar o processo de uma Psicoterapia (ou de uma Análise), é a
chamada resistência, que todos os pacientes apresentarão de diferentes formas
em algum ou em vários momentos durante o processo, seja por terem que enfrentar
falar e pensar sobre questões que são difíceis para ele, mas que geralmente
estão ali encobertas, ou seja, “escondidas debaixo do tapete” e que se não
trabalhadas num processo de psicoterapia (ou de uma Análise) se manifestarão de
um jeito ou de outro na vida do sujeito e, geralmente, das piores formas
possíveis, seja na relação com os outros ou no adoecimento da mente e do corpo.
Portanto, a eficácia do tratamento se dá pela continuidade e assiduidade em
frequentar as sessões, pois, sem isto, não se estabelecerá um vínculo terapêutico,
que é uma chave importantíssima para a efetividade do tratamento. É a partir do
vínculo terapêutico entre o Psicólogo e Paciente que a resistência poderá ser
contornada e assim as intervenções serão mais bem abordadas e, é a partir disto,
que o paciente poderá sentir os efeitos de uma Psicoterapia (ou de uma Análise).
Cristiane Borsatto Santiago
Psicóloga
CRP 06/120765
Tel.: (13) 99723-4954
E-mail: psicologacristianebs@gmail.com