terça-feira, 8 de setembro de 2015

O PROCESSO DE LUTO

Edvard Munch, Melancolia, 1895.

         A definição de luto segundo o dicionário é ”sentimento de dor pela morte de alguém”, porém, o luto ocorre não somente quando perdemos alguém, mas também está presente em todas as perdas significativas, seja a perda de um objeto, um animal de estimação, um emprego ou do que quer que seja. 

        No entanto, podemos afirmar que o luto pela morte de alguém é um processo que acompanha a humanidade desde os primeiros tempos da história. Afinal de contas, embora seja a morte a única certeza da vida de todo ser vivo, é ela um dos acontecimentos que mais impacta a nós, seres humanos.
A morte de um ente querido na cultura em que vivemos, na grande maioria das vezes, representa uma perda muito significativa, que traz consigo um enorme sofrimento. Devemos ressaltar que este sofrimento é um processo individual e subjetivo para cada indivíduo. Bromberg (2000), define o luto como um conjunto de reações a uma perda significativa e pontua que nenhum é igual ao outro, pois não existem relações significativas idênticas. Ou seja, cada ser humano sente e vivencia determinada perda de uma forma única, valendo-se do significado que aquela perda representa naquele momento de sua vida.
             Faz parte de todo processo de luto uma série de sentimentos, dentre eles os mais comuns são: tristeza, raiva, culpa, ansiedade, solidão, fadiga, desamparo, choque, anseio, emancipação, estarrecimento e alívio. Estes sentimentos podem gerar algumas sensações físicas, que normalmente são: vazio no estômago, aperto no peito, nó na garganta, sensação de despersonalização, falta de ar, fraqueza muscular, falta de energia e boca seca.       
        Consequentemente, quase sempre, estes sentimentos e sensações físicas acabam causando mudanças comportamentais, como: distúrbios de sono, falta de apetite, isolamento social, sonhos com a pessoa falecida, evitar lembranças do falecido, hiperatividade, choro, carregar objetos que lembrem o falecido etc. Esta série de mudanças comportamentais podem acabar atrapalhando a rotina do indivíduo, portanto, é importante saber respeitar o tempo que cada pessoa necessita para vivenciar e elaborar seu processo de luto.       
        Vale destacar ainda, que existe uma grande diferença entre uma pessoa que está passando pelo processo de luto e a pessoa com depressão. Pois, embora pessoas depressivas comumente apresentem a tristeza como sintoma, tristeza não é o mesmo que depressão. 


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quarta-feira, 17 de junho de 2015

A SOLIDÃO AMIGA - por Rubem Alves

O texto de hoje traz reflexões sobre a tão temida "solidão". Seria ela nossa maior inimiga ou amiga?




A noite chegou, o trabalho acabou, é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas a casa está escura, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Você está só. Vem a tristeza da solidão... O que mais você deseja é não estar em solidão...

Mas deixa que eu lhe diga: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem na solidão. Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir, música... Assim, aos sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz. Mas bastava que ele se assentasse para que as fantasias surgissem. Cenas. De um lado, amigos em festas felizes, em meio ao falatório, os risos, a cervejinha. Aí a cena se alterava: ele, sozinho naquela sala. Com certeza ninguém estava se lembrando dele. Naquela festa feliz, quem se lembraria dele? E aí a tristeza entrava e ele não mais podia curtir a sua amiga solidão. O remédio era sair, encontrar-se com a turma para encontrar a alegria da festa. Vestia-se, saía, ia para a festa... Mas na festa ele percebia que festas reais não são iguais às festas imaginadas. Era um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão... A noite estava perdida.

Faço-lhe uma sugestão: leia o livro A chama de uma vela, de Bachelard. É um dos livros mais solitários e mais bonitos que jamais li. A chama de uma vela, por oposição às luzes das lâmpadas elétricas, é sempre solitária. A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde nas sombras. Bachelard medita diante da chama solitária de uma vela. Ao seu redor, as sombras e o silêncio. Nenhum falatório bobo ou riso fácil para perturbar a verdade da sua alma. Lendo o livro solitário de Bachelard eu encontrei comunhão. Sempre encontro comunhão quando o leio. As grandes comunhões não acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama sabe disso. É precisamente na ausência que a proximidade é maior. Bachelard, ausente: eu o abracei agradecido por ele assim me entender tão bem. Como ele observa, "parece que há em nós cantos sombrios que toleram apenas uma luz bruxoleante. Um coração sensível gosta de valores frágeis". A vela solitária de Bachelard iluminou meus cantos sombrios, fez-me ver os objetos que se escondem quando há mais gente na cena. E ele faz uma pergunta que julgo fundamental e que proponho a você, como motivo de meditação: "Como se comporta a Sua Solidão?" Minha solidão? Há uma solidão que é minha, diferente das solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela não é apenas uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.
Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: "Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você." Pare. Leia de novo. E pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão. Se Sartre está certo, essa maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.


Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga... Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? Drummond acha que sim: "Por muito tempo achei que a ausência é falta./ E lastimava, ignorante, a falta./ Hoje não a lastimo./ Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim./ E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,/ que rio e danço e invento exclamações alegres,/ porque a ausência, essa ausência assimilada,/ ninguém a rouba mais de mim.!"

Nietzsche também tinha a solidão como sua companheira. Sozinho, doente, tinha enxaquecas terríveis que duravam três dias e o deixavam cego. Ele tirava suas alegrias de longas caminhadas pelas montanhas, da música e de uns poucos livros que ele amava. Eis aí três companheiras maravilhosas! Vejo, frequentemente, pessoas que caminham por razões da saúde. Incapazes de caminhar sozinhas, vão aos pares, aos bandos. E vão falando, falando, sem ver o mundo maravilhoso que as cerca. Falam porque não suportariam caminhar sozinhas. E, por isso mesmo, perdem a maior alegria das caminhadas, que é a alegria de estar em comunhão com a natureza. Elas não vêem as árvores, nem as flores, nem as nuvens e nem sentem o vento. Que troca infeliz! Trocam as vozes do silêncio pelo falatório vulgar. Se estivessem a sós com a natureza, em silêncio, sua solidão tornaria possível que elas ouvissem o que a natureza tem a dizer. O estar juntos não quer dizer comunhão. O estar juntos, frequentemente, é uma forma terrível de solidão, um artifício para evitar o contato conosco mesmos. Sartre chegou ao ponto de dizer que "o inferno é o outro." Sobre isso, quem sabe, conversaremos outro dia... Mas, voltando a Nietzsche, eis o que ele escreveu sobre a sua solidão:

"Ó solidão! Solidão, meu lar!... Tua voz - ela me fala com ternura e felicidade!

Não discutimos, não queixamos e muitas vezes caminhamos juntos através de portas abertas.


Pois onde quer que estás, ali as coisas são abertas e luminosas. E até mesmo as horas caminham com pés saltitantes.

Ali as palavras e os tempos/poemas de todo o ser se abrem diante de mim. Ali todo ser deseja transformar-se em palavra, e toda mudança pede para aprender de mim a falar."
E o Vinícius? Você se lembra do seu poema O operário em construção? Vivia o operário em meio a muita gente, trabalhando, falando. E enquanto ele trabalhava e falava ele nada via, nada compreendia. Mas aconteceu que, "certo dia, à mesa, ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção ao constatar assombrado que tudo naquela casa - garrafa, prato, facão - era ele que os fazia, ele, um humilde operário, um operário em construção (...) Ah! Homens de pensamento, não sabereis nunca o quando aquele humilde operário soube naquele momento! Naquela casa vazia que ele mesmo levantara, um mundo novo nascia de que nem sequer suspeitava. O operário emocionado olhou sua própria mão, sua rude mão de operário, e olhando bem para ela teve um segundo a impressão de que não havia no mundo coisa que fosse mais bela. Foi dentro da compreensão desse instante solitário que, tal sua construção, cresceu também o operário. (...) E o operário adquiriu uma nova dimensão: a dimensão da poesia."


Rainer Maria Rilke, um dos poetas mais solitários e densos que conheço, disse o seguinte: "As obras de arte são de uma solidão infinita." É na solidão que elas são geradas. Foi na casa vazia, num momento solitário, que o operário viu o mundo pela primeira vez e se transformou em poeta.

E me lembro também de Cecília Meireles, tão lindamente descrita por Drummond:

"...Não me parecia criatura inquestionavelmente real; e por mais que aferisse os traços positivos de sua presença entre nós, marcada por gestos de cortesia e sociabilidade, restava-me a impressão de que ela não estava onde nós a víamos... Distância, exílio e viagem transpareciam no seu sorriso benevolente? Por onde erraria a verdadeira Cecília..."

Sim, lá estava ela delicadamente entre os outros, participando de um jogo de relações gregárias que a delicadeza a obrigava a jogar. Mas a verdadeira Cecília estava longe, muito longe, num lugar onde ela estava irremediavelmente sozinha.

O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes, ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um patinho feio que os outros se compraziam em bicar. Nunca fui convidado a ir à casa de qualquer um deles. Nunca convidei nenhum deles a ir à minha casa. Eu não me atreveria. Conheci, então, a solidão. A solidão de ser diferente. E sofri muito. E nem sequer me atrevi a compartilhar com meus pais esse meu sofrimento. Seria inútil. Eles não compreenderiam. E mesmo que compreendessem, eles nada podiam fazer. Assim, tive de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a buscar as coisas que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música clássica, a beleza que torna alegre a minha solidão...
A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada ) dos outros, em celebrações cheias de risos... Essa comparação é destrutiva porque nasce da inveja. Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói. Dói uma dor da qual pode nascer a beleza. Mas não sofra a dor da comparação. Ela não é verdadeira.
Mas essa conversa não acabou: vou falar depois sobre os companheiros que fazem minha solidão feliz.


Rubem Alves



Rubem Azevedo Alves foi um psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro. 




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quinta-feira, 28 de maio de 2015

CIÚMES DOS IRMÃOS

A chegada de um novo bebê na família é geralmente um momento de grande entusiasmo por parte dos pais, tios, avós e outros familiares. Porém, para o irmão mais velho nem sempre esta novidade é encarada com tanta animação e alegria. Em consequência desta reação por parte do primogênito surgem os seguintes questionamentos na mente dos pais.

  • O que se passa na mente de uma criança ao ver a chegada deste novo integrante que atrai todas as atenções da casa? 
  • Quais sentimentos são despertados no irmão mais velho nesta fase?

Para responder estas perguntas e tornar mais clara a compreensão sobre o tema, leia o artigo abaixo escrito por Luciana Saddi.



CIÚMES DOS IRMÃOS


Quando os irmãos chegam, ou mesmo quando uma criança se sente ameaçada com a vinda de primos e amigos, o que está em jogo é a disputa pelo amor dos pais.

Imagine o que você sentiria se seu marido voltasse do trabalho trazendo outra mulher e lhe dissesse: – meu bem, te amo tanto que resolvi trazer mais uma esposa para casa!

É assim que muitas crianças se sentem diante da vinda de um novo irmão. Sentimentos de raiva, de menos valia e medo de perder o lugar já conquistado prevalecem. Com o passar do tempo sentimentos de amor podem se fazer presentes.

A chegada dos novos rivais não aguça apenas a forte rivalidade infantil, aguça também a ambivalência entre o amor e o ódio, aumentando ainda mais o sofrimento daquele que se viu ameaçado pela perda do amor dos pais.

Por mais raiva que a criança sinta desse pequeno irmão ou grande rival, ela também o ama e também percebe que seus pais esperam dela um sentimento bom e de cuidado para com o recém-chegado.

Fortes conflitos entre o amor e os impulsos agressivos levam ao sentimento de culpa e ao desejo de oferecer alguma compensação por um dano real ou imaginado.

Na vida adulta encontramos essa mistura de sentimentos não apenas em relação aos nossos irmãos, também em nossas relações sociais e no desejo de compensar e reparar tão forte para algumas pessoas. Muitos dos nossos comportamentos são moldados nos padrões infantis, nascidos de conflitos poderosos quando os sentimentos eram vividos de forma absoluta e sem disfarce algum.



Fonte: clique aqui



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quinta-feira, 21 de maio de 2015

SAI PRA LÁ COM SEU BARULHO, QUE MEU SILÊNCIO QUER PASSAR


Este texto começou no silêncio. E se criou no silêncio. Porque o silêncio é um campo fértil de ideias. E ele é nosso, está em cada um de nós, não importa quanto barulho faça lá fora. Os ruídos estão por todos os lados, para quem quiser ouvir, mas a quietude precisa ser buscada. O barulho é da matéria, o silêncio é do espírito.
O mundo exige que façamos barulho, que sejamos barulho. Para mostrar produtividade, para provar superioridade ou para impor respeito. Barulho pra tudo. O bebê, ao nascer, chora para mostrar que está vivo. Nós já nascemos fazendo barulho e nossa mente cada vez mais grita por silêncio.
Os diálogos são cada vez mais vazios, ainda que deveras barulhentos. Não há espaço para o silêncio nas conversas, para a reflexão, para o saber ouvir. E ainda assim, elas nos dizem quase nada. Conversas barulhentas e mudas. Nós não sabemos ouvir porque não sabemos calar.
Diz um provérbio que quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz. Sinto que nossos ruídos vem à tona para disfarçar nossos vazios e para calar nosso silêncio. Quando, na verdade, deveríamos dar voz a ele, voz ao silêncio. Deixar a quietude falar é se permitir refletir, ponderar, compreender e, no caso de um diálogo, significa respeitar o outro, o barulho do outro.
Tenho grande admiração por pessoas que começam um discurso precedido por um silêncio. Isso me faz crer que ali vem um falar pensado e, logo, que existe um grande respeito pelo ouvinte. Há pessoas que pensam tanto antes de discursar, que o silêncio dura mais que a oratória. E esta mudez diz tão mais também. Incríveis estas pessoas.
Muito se fala que o silêncio é essencial para o autoconhecimento e que nós só sabemos de fato quem somos quando nos enfrentamos sem as nossas máscaras sociais. O barulho faz parte de nossa estrutura social e parece nos servir de escudo aos nossos dilemas existenciais. Eu me sinto, muitas vezes, como que boicotando meu silêncio para seguir em paz. A falsa paz que vem do caos, mas que nos esconde de nós mesmos.
A vida nas cidades e todas as ferramentas que nos mantêm conectados com o mundo estão roubando nosso silêncio. E não é apenas o silêncio da boca a que me refiro, mas o silêncio do cérebro, da alma. Passar horas lendo em frente ao computador pode nos colocar em silêncio com o outro, mas não conosco mesmo. O silêncio merece um momento só dele. É como um encontro, mas sem muita cerimônia. Pode ser em qualquer lugar, a qualquer hora, desde que consigamos desligar o barulho do mundo.

Temos por hábito valorizar o silêncio quando estamos no campo, em meio à natureza, afastados dos ruídos da cidade. É mais fácil percebê-lo e permiti-lo chegar. Geralmente saímos revigorados destes encontros com a gente mesmo. É como se tivéssemos descoberto uma nova faceta que o caos teimava em encobrir.
A necessidade do silêncio é tanta que cada vez mais pessoas o buscam nas meditações conduzidas, no yoga ou em diversas outras práticas, como que tentando doutriná-lo. Só é preciso uma coisa pra isso: tempo. Vamos dedicar alguns minutos, alguns dias na semana, para uma conversa franca com a gente mesmo. Na verdade, esta conversa pode ter mais um integrante, este sim, exímio ouvinte, que nos criou no silêncio, mas que está sempre disposto a ouvir nosso barulho. Se você não sabe como começar este papo, aquiete o coração e deixe que Ele conduza a conversa. Em silêncio!

Autor do texto: Diego Brígido
Fonte: clique aqui

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quarta-feira, 20 de maio de 2015

RELACIONAMENTOS AMOROSOS DIFÍCEIS

E quantos homens e mulheres se mantêm em relacionamentos amorosos repletos de dependência e destrutividade?

Por que permanecer em uma relação nada saudável, mesmo sabendo o quanto ela é prejudicial para sua vida?
As respostas para essas e outras perguntas requer em primeiro lugar o conhecimento de si mesmo, pois muito do que buscamos no outro pode estar estritamente ligado a nossa história de vida e a forma como foi construída nossa maneira de se relacionar com o outro desde os tempos da infância. Isso acaba se refletindo não apenas nas relações afetivas, mas nas relações sociais de forma geral. 
Uma frase que expressa um pouco desta reflexão é do poeta e escritor português Fernando Pessoa: “Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades. Para viver a dois, antes, é necessário ser um”. 




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terça-feira, 19 de maio de 2015

POR QUE IR AO PSICÓLOGO?

Muitas pessoas tem interesse em fazer psicoterapia, mas grande parte delas acaba deixando de dar atenção a este interesse devido a preconceitos, vergonha ou puramente por falta de informação sobre o assunto.
Em pleno século XXI muitos ainda possuem a velha crença de que procurar por um Psicólogo é coisa apenas pra “gente louca”. Isso não passa de um mito, pois o processo psicoterapêutico é recomendado para qualquer um que queira conhecer mais sobre si mesmo. 
E a pergunta que surge neste momento é: O quanto você se conhece de verdade? Conhecer a si mesmo é um fator de extrema importância, não apenas para se levar uma vida mais saudável, como também para que seja possível maior controle e conhecimento sobre seus comportamentos, medos, desejos, forma como se relaciona com o outro entre diversos outros itens. Mais do que tudo é passar a saber mais sobre suas emoções. Como já dizia Sócrates: “Conheça-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os Deuses”


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segunda-feira, 18 de maio de 2015

A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA CONSTITUIÇÃO DA AUTOIMAGEM DAS MENINAS

Fotografia: Meg Gaiger


Na atualidade, com o grande avanço na era da informatização, diariamente as pessoas são “bombardeadas” pela mídia com imagens que impõem um padrão estético de beleza ideal. Este padrão que é veiculado na TV, nas redes sociais, em revistas e diversos outros meios, acaba atingindo não só homens e mulheres, mas também as crianças, principalmente as meninas, que desde muito cedo aprendem que precisam seguir um molde de beleza para serem bem aceitas na sociedade.
Grande parte destas meninas, cresce em meio a um turbilhão de cobranças em relação ao seu próprio corpo, levando-as a ter uma visão deturpada de sua autoimagem, o que muitas vezes pode levar aos tão conhecidos transtornos alimentares, como por exemplo, anorexia e bulimia nervosa.