sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Sobre a expectativa do outro em nós

Já parou pra pensar que antes mesmo de você vir ao mundo, alguém já tinha expectativas em relação a você?

Afinal, toda criança antes mesmo de existir, já existe de alguma forma no desejo de alguém (os pais, por exemplo).
Seja quando escolheram qual seria seu nome, ou quando imaginavam qual seria sua personalidade, a profissão e o papel que ocuparia na sociedade, na família, entre outras inúmeras expectativas.
O fato é que, para existir no mundo, primeiramente precisamos existir na expectativa e no desejo de um outro sobre nós.
E este fato, naturalmente, fará com que (pelo menos nos primeiros anos de vida), busquemos atender aos desejos dos outros para nos sentirmos amados.
A grande questão é que, em algum momento da vida, nossos próprios desejos pessoais surgirão e, muitas vezes, estes serão conflitantes com o desejo dos outros sobre nós e, neste momento, será preciso fazer escolhas.
Estas escolhas consequentemente implicarão em assumir responsabilidades tanto pelos ganhos, quanto pelas perdas que tal escolha trará.
O ganho pode estar em nos sentirmos mais realizados e pertencentes a nós mesmos, mas sempre haverá alguma perda, como por exemplo, não atender mais as expectativas dos outros e sentir o medo de não ser mais amado, o que pode fazer parte de uma fantasia ou de uma realidade.
Ou ainda, haverá aqueles que escolhem continuar durante toda uma vida atendendo as expectativas dos outros, mesmo ao custo de anular seus próprios desejos, o que também trará seus ganhos e seus prejuízos.
Portanto, viver é fazer escolhas e, escolhas implicam em assumir responsabilidades pelas consequências.
Psicóloga Cristiane Borsatto
CRP 06/120765
Tel. (13) 99723-4954

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